No próximo dia 22 de Janeiro celebra-se a solenidade de São Vicente, Padroeiro principal do Patriarcado de Lisboa.
Como referido anteriormente num post sobre este Santo, e segundo a tradição as relíquias de São Vicente foram transladadas para a Sé de Lisboa em 16 de Setembro de 1173.
Essas relíquias foram trazidas numa barca escoltada por dois corvos desde o cabo que veio a ter o seu nome (Cabo de São Vicente), onde em sua honra se edificara um pequeno Santuário Moçárabe.
Cabo de São Vicente
A partir dessa data desenvolveu-se na Sé o culto do mártir de Valência, fortalecido pela ocorrência de milagres, um deles presenciado por Gualdim Pais, mestre dos Templários.
A presença ininterrupta e emblemática durante séculos de corvos na Sé, contribui para imprimir a esse culto a marca do maravilhoso. D. Afonso Henriques, fervoroso devoto do Santo, mandou fazer uma nova arca para as suas relíquias.
Mais tarde, D. Afonso III dotou a Sé com Mil libras e mandou reconstituir e alargar o hospital dos Peregrinos que se destinava no início a acolher e a assistir Peregrinos de São Vicente, visto que “eram estreitos os aposentos que havia para agasalho dos romeiros”, certamente com a ajuda das esmolas que estes lá deixavam “rendiam entam grande quantidade de dinheiro as esmolas, pela multidão de Peregrinos que acodiam a visitar, e pelos votos que lhe faziam”.
Na foto acima podemos ver o Hospital dos Peregrinos, em baixo a pequena porta em ogiva de acesso ao mesmo Hospital e ao seu lado direito a Porta Santa, que no ano Jubilar Vicentino de 2004, nos 1700 anos do Martírio de São Vicente esteve aberta.
Bibliografia: Sucena, Eduardo. A Sé Patriarcal de Lisboa. Editora sete Caminhos.
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